terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Capitulo 9

(Bianca narrando)
  Eu acordei no meio da noite, eu tive um sonho ruim, eu não conseguia me lembrar o que era, mas eu acordei com uma sensação terrível, levantei, olhei o visor do celular. 3:30. Eu tive a brilhante e louca ideia de ir a praia. Não pra tomar banho, é lógico, apenas pra esparecer.
  Coloquei um casaco, porque apesar de ser verão, a madrugada era fria. Abri a porta. Desci até o saguão pouco iluminado, com o guarda, lendo o jornal. Abri a porta e atravessei a rua sem movimento. Sentei sobre a areia branca e fofa. E observei as ondas quebrando na beirada.
  Aquela sensação ruim que eu tive quando acordei me atormentava, eu tentava lembrar do sonho, mas não conseguia, tudo que eu lembrava era do Chaz.
-Ah claro, era isso, era Chaz que estava me atormentando-Falei pra mim mesma.
  Minha voz acabou saindo mais alta do que eu esperava, mas quem se importa, estou sozinha.
  Em questões de segundos, o sonho inteiro estava na minha mente.
"Eu estava em um lugar escuro, quando ouvi passos.
-Justin?-Perguntei nervosa.
  A pessoa não respondeu, apenas veio andando em minha direção.
-Não está me reconhecendo mais...?-A voz masculina perguntou.
- Chaz?- Perguntei outra vez.
-Espertinha você.
  Eu vi o rosto de Chaz em meio da escuridão, dando aquele sorrisinho sarcástico, que me deixava nervosa. Ele vinha se aproximando, eu dava pequenos passos pra trás, tentando fugir, eu queria correr, mas era como se alguma coisa me prendesse no chão. Ele apareceu na minha frente mordendo seus lábios e os aproximando dos meus..."
  Depois disso tudo ficou preto. Eu não me lembrava mais de nada, talvez foi ali que o sonho acabou.
  Eu senti duas lágrimas quentes saindo dos meus olhos. Por que eu estava chorando? Aquele garoto não merecia nada disso. Eu apenas estava me sentido culpada por uma coisa quem nem aconteceu. Limpei as lágrimas, que agora estavam na minha bochecha. Me levantei e voltei pro apartamento.
  Cheguei lá, aquele apartamento escuro e silencioso me assustava, sentei no sofá, e liguei a TV. Não tinha nada passando, o controle na minha mão parecia um controle de vídeo game de tanto eu apertar. Até que eu parei em um canal. E!.Eu acho, estava passando a reprise de um programa, sabe aqueles de fofocas sobre artistas, e estava passando exatamente, Justin Bieber e a nova namorada misteriosa, mais conhecida como: EU.
  Eu até ficaria assistindo o programa se me ver na TV não me deixasse tão desconfortável. Desliguei a TV, e decidi ligar pra minha mãe, era dia no Brasil.
  Peguei o celular que estava no criado-mudo e procurei o numero da minha mãe.
~~Le chamando~~
-Oi, mãe.
-Oie, filha, tudo bem? Como tão as coisas, estão bem?
  No momento em que eu ouvi a voz da minha mãe, eu senti um nó na minha garganta e uma vontade imensa de chorar.
-Estou ótima- Falei engolindo o choro.- E a senhora?
-To bem...-Ela pausou, uma mania que adquiriu, quando percebia que havia alguma coisa errada.- Esta bem mesmo?
  Eu suspirei, e as lágrimas começaram a cair dos meus olhos eram lágrimas de tristeza, misturada com saudade.
-Ai..mãe..é saudade, só isso, aqui ta incrível, sério.- Sorri- Eu to amando, ai mãe, você sabe, era meu sonho vim pra cá. Ta perfeito. Sério, mesmo.
-Hum..você nunca foi muito de chorar. Mas, tudo bem, isso não vem ao caso. Como estão as coisas, tem amigos?
- Ai, mãe, cheguei faz 4 dias...mas..bom, sabe aquele cantor, que canta?- Falei.
-Não, Bianca, cantor que costura, que cantor?- Minha mãe ironizou.
-Justin Bieber, aquele que a filha da tia Claudia é fanática.
-Sei, que tem ele?
-Eu conheci ele, e bom...ai..eu beijei ele.
-Você o que? Filha, te deram alguma coisa, já falei mais de mil vezes pra não aceitar comida de estranhos, ou qualquer coisa do tipo.- Ela falou desesperada.
-Credo, claro que não.- Falei em meio de uma gargalhada.-Sério, mãe é verdade, ele me levou pra jantar e tudo mais.
-Nossa, e você esta gostando dele?- Ela perguntou desconfiada.
-Sinceramente, sim..Eu sei que é estranho, tipo, eu conheço ele a pouco tempo, mas ele é tão fofo, tão..tudo- Falei suspirando.
-Cuidado para não se iludir, nem tudo são flores.
-Sim, mãe...
  Continuamos conversando e eu contava detalhes da viagem, ela contava as coisas anormais que estavam acontecendo lá em casa, como: Seu irmão esta com saudade. A gente nunca se suportou, nunca, eu não via a hora de vir pra cá, só pra ficar longe daquele idiota, mas a saudade falava mais auto, eu estava morrendo de saudade daquele idiota.
  Fiquei, exatos, 2 horas e 32 minutos conversando com a minha mãe, eu sentia falta do tom compreensivo que só ela tinha, sabe, coisa de mãe. Eu daria tudo pra ter ela perto ela do meu lado, mas provavelmente ia demorar um pouquinho.
  Desliguei o telefone e fui me deitar, dessa vez não sonhei com absolutamente nada, sem Chaz ~~le festa~~.
  Acordei sozinha, senti o cheiro de ovo com bacon vindo da cozinha, provavelmente, era Rachel queimando alguma coisa. Levantei, fiz a higiene diária e fui em direção a cozinha. Eu ouvi risos um bem conhecido, que me fez abrir um sorriso de orelha a orelha.
-Acordou Bela Adormecida.- Falou Rachel, com uma frigideira em uma mão e uma espatala na outra colocando os ovos com bacon em um prato.
  Nesse exato momento, Justin, se virou e ficou sorrindo.
-Bom dia- Ele disse.
  Sua voz tinha um poder me tranquilizar.
-Bom dia, Jus- Respondi- E Rachel.
   Rachel deu um sorrisinho sarcástico e enquanto Jus comia, ela falou algo muito baixo o que deu a entender foi : Ele é um fofo. Eu assenti e ri pelo nariz. Justin, ouviu eu acho, porque ele me fitou de boca cheia, com seus olhos dizendo: Que foi?
   Eu comecei a comer, Rachel tinha um dom, o dom da comida. Aquilo era muito bom.
-Amor jovem, nossa é lindo né.- Rachel disse encostada na bancada com uma xícara de café na mão.
  Eu a fitava e segurava o riso, eu sei que aquilo estava sendo tão constrangedor pra mim quanto pro Justin, que me olhava e ria sem pensar.
-É, Rachel- Falei.
-Bom, já ta na minha hora, é sábado mas, eu tenho que ir.- Ela saiu pegando a bolça e indo em direção a porta, antes de fechar o mesmo ela gritou.- Juízo, crianças.
-Pode deixar.- Respondemos em uníssono.
-Desculpa- Falei.- Ela é assim mesmo.
-Não precisa se desculpar, ela é ótima- Ele disse sorrindo.
-Beleza- Assenti.
-Ah...vamos a praia?- Ele perguntou.
-Praia?
-É praia, água salgada, diversão.- Ele disse insistindo.
-Eu sei o que é uma praia.- Ironizei rindo- É só que...bom eu tenho medo do mar.
-Medo? Não precisa, se acontecer alguma coisa o Doctor Bieber cuida de você.- Ele piscou.
-Doctor? DJ? Cantor? Nossa você tem quantos empregos?- Fiz uma pergunta retorica.
  Ele riu.
-Ta, vamos- Concordei- Mas antes vou lavar a louça, ok?
-Deixa que eu lavo, você seca, pode ser?- Ele perguntou.
-Pode- Respondi- OMG...tirei a sorte grande, Doctor, DJ, cantor e EMPREGADO- Eu ri.
-Empregado Bieber.- Ele falou rindo.
   Eu peguei um pano de louça que tinha em uma das gavetas da cozinha, Jus ia lavando e eu secava e guardava. Ele pegava a espuma e jogava em mim. Foi meio demorado até a gente lavar a pouca louça que tinha, estávamos mais preocupados em jogar espumas um na cara do outro.
  Quando terminamos, fui até meu quarto coloquei um biquíni, coloquei um shorts e uma camiseta por cima, e peguei um chinelo.
-Pronta?- Ele disse, sentado no sofá.
-Sim, vamos.
  A gente foi pro elevador,descemos, atravessamos a rua, e chegamos na praia, pouco movimentada. Justin tirou a camisa, e estendeu sobre a areia a gente sentou sobre a camisa.
-Como você pode ter medo do mar...é tão...- Ele falou procurando uma boa palavra que completasse a frase.
-Assustador, tem tubarões lá, sabia...tem tubarões.- Falei
-Eu ia falar lindo, mas tudo bem, vamos entrar?- Ele perguntou.
-Não- Respondi secamente- Sem chance
-Qualé, vamos, por favor. Você tem que vencer seus medos.- Ele disse me incentivando.
-Não, eu não vou entrar nunca.
-Nunca diga nunca.- Ele disse.
   Eu o fitei, ele me deu a mão. A gente foi em direção ao mar. Eu agarrei seu pescoço de um jeito engraçado. As pequenas ondas bateram no meu pé. Eu pulei.
-Jus, pronto,vamos voltar.- Eu disse.
-Já? Mas, aqui é rasinho. Não tem graça- Ele disse fazendo biquinho.
-Aqui é muito divertido sabia, olha to muito feliz, agora vamos.
  Eu soltei as minhas mãos da sua nuca e fui voltando pra areia. Sem olhar pra trás. Justin foi correndo. Me pegou e colocou minha barriga sobre os ombros dele, me deixando de cabeça pra baixo.
-Justin, soltaaaaaaaaa- Falei em meio de uma gargalhada.
-NÃO.Você tem que vencer isso, vamos.- Ele falou gargalhando mais que eu.
  Ele entrou na água, me levando um pouco no fundo.
-PARAAAA, -Falei batendo nas costas dele.
-Ok.
  Ele me colocou no "chão" do mar ( affe sei lá se é chão, eu não sei o nome ta, vamos fingir que é chão,IMAGINE BELIEBER)
  Eu agarrei o pescoço dele de novo. E a água estava na minha cintura.
-É disso que tu tem medo?- Ele falou.
-Sim, mas não é tão ruim.
-A meu Deus, tem alguma coisa no meu pé, tem alguma coisa pegando meu pé...-E desapareceu.
  Eu fiquei desesperada. Tentando de alguma forma achar ele.
-Jusssssss, onde você tá- Falei em desespero.
  Eu ouvi uma gargalhada vindo atrás de mim. Me virei, era Justin, com o cabelo molhado rindo da minha cara.
-Ai, seu idiota, eu quase morri de susto.- Falei séria.
-Descul...- Ele começou a gargalhar. Ele não parava, e quando parava recomeçava outra vez.
-Ta acabou a graça..- Eu falei tentando ficar séria, mas sua risada era estranhamente contagiante.
  Nós começamos a rir, e não conseguíamos parar, quando conseguimos olhamos um pra cara do outro e começamos a rir.
- Ta, já chega.- Falei, saindo do mar.
-Tudo bem mesmo? Não fico, brava com a brincadeira?- Ele disse vindo logo atrás de mim.
-Não, foi engraçado.- Falei, me virando pra ele. Que me deu um selinho.
-Jus?- Falei.
-Que foi?
-As pessoas podem ver, eu te falei que recebi ameaças de morte?- Eu falei.
-O QUE? - Ele perguntou incrédulo.- As beliebers são incapazes de fazer isso.
-É, você acha mesmo?- Olhei sério pra ele.- Sério, Jus eu fiquei com medo.
-Relaxa.- Ele disse me pegando pela cintura.
-Justinnnnnn, soltaaaaaaa- Gritei.
-Não.
-Solta.- Insisti.
  Ele me colocou no chão.
-É divertido fazer isso com você.- Ele disse.
-É,sim sim.- Concordei. Me sentando sobre a camiseta cheia de areia do Jus.
  Ele me abraçou pelo ombro.
-Não precisa me abraçar, eu to grudando com o sal.- Falei tentando me esquivar.
-Eu também to todo grudado e você ta aqui, acho que alguém gosta de mim.- Ele disse rindo.
-O que, quem ta me abraçando aqui é você..-Falei.
-É você ta certa, eu gosto de você.- Ele admitiu.
-Aws... que lindo.- Falei
-É você é sortuda.
-OMG...seu convencido- Falei batendo no braço dele.
  Ele riu.
-Ei, vamos, eu to grudenta, suada, sério to com nojo de mim mesma.- Falei levantando limpando a areia da minha bunda.
-Vamos.- Ele levantou, pegou a camiseta e abanou.
  Ele passou no carro dele, pegou um shorts e uma camisa.
-Como você sabia que a gente ia na praia?- Perguntei.
-Eu sou vidente..- Ele riu.
-Esperai, doctor, DJ, cantor, empregado e vidente...nossa- falei impressionada.
-Pois é.- Ele disse rindo.
  Nós subimos no apartamento, eu mostrei o banheiro pro Jus, e eu fui no banheiro do meu quarto. Tomei um banho super gelado, estava muito calor. Sai do banheiro, me vesti e fui pra sala. Justin, estava no sofá, olhando pro nada.
-Estão......-falei sentando do lado dele.
  Ele riu.
-Eu não sei praticamente nada sobre você né?-Ele me fitou.
-O que quer saber?- Perguntei.
  Ele pegou uma mexa do meu cabelo e começou a brincar com meu cabelo molhado.
-Nome completo?-Ele perguntou.
-Bianca Alves.
-Idade?
-16.-Respondi.
-Aniversário?
-31 de julho e você?
-1 de março.- Ele respondeu.
-Aniversário do Rio de Janeiro.-Respondi.
-Sério?- Ele sorriu.- Que massa, eu não sabia disso.
-Pois é. Mais alguma pergunta?- Eu o fitei.
-Hum...-Ele colocou o polegar em seu queixo-..Vamos ver...como é no Brasil?
-A é legal, é calor, não tem uma estação definida, é calor, mas eu não gosto muito de calor ai é chato, gosto de frio, la não tem neve, tipo, tem mais não onde eu moro. E onde tu nasceu?- Perguntei.

-Hum...Canadá, Stratford, Ontário. É frio, e uma cidade pequena, comparada a Los Angeles, ela é uma lata de sardinha. Mas, eu gosto de lá, minha família, meus amigos, todos são de lá.
-Entendo, sente falta de morar lá?- Perguntei 
-Sinto falta de ser um garoto comum, lá eu sentia que as pessoas eram mais verdadeiras comigo, não sei, hoje parecem artificiais.- Ele falou.- Mas, não quero dizer que sinto falta de morar lá, sinto falta das pessoas que moram lá, tipo, Ryan e Chaz, eles são de lá, não é todo dia que eles vem pro meu show, o meu pai também, meus irmãos.
- Irmãos? Pensei que fosse filho único.- Falei me sentindo uma poser.
-A sim, Jazzy e Jaxon, são meus irmãos menores. Amo muito eles. Meu pai mora lá, junto com os meus irmãos e a minha madrasta.
-Seus pais são separados então.- Falei esperando sua confirmação.
-São, os seus são?- Ele perguntou.
-Não, eu nunca vi eles brigarem, sério, parece que foram feitos um pro outro.- Falei.
-Nossa, que inveja.- Ele disse forçando o riso.
-Vamos mudar de assunto?- Perguntei.
  Eu percebi o quão aquele assunto: Pais separados. Afetava ele.
-Claro.- Ele disse, se levantando.
-O que vai fazer?- Falei ajeitando as minhas costas no sofá.
- Esperai.- Ele disse saindo da sala, indo no meu quarto.
   Eu levantei do sofá e fui atrás dele, ignorando o significado da palavra “ Esperai ”. Cheguei no meu quarto, ele estava com dois travesseiros na mão.
- Pra que isso?- Perguntei.
-Guerra de travesseiro.- Ele disse com um sorriso sarcástico.
- Tudo bem, que idade a gente tem cinco anos?- Perguntei rindo.
- Vamos fingir que temos cinco anos e vamos brincar oras, eu brincava disso e eu era o melhor.- Ele disse abraçando o travesseiro.
- Melhor?- Eu perguntei.- É isso que vamos ver. Você era o melhor- Corrigi.
    Peguei um dos travesseiros da mão dele e acertei na sua cara e sai correndo pela casa, chegando na sala, Justin vinha correndo atrás de mim.
-Vou te pegar.- Falou rindo.
  Eu subi em cima do sofá. Justin estava na minha frente e me acertou com travesseiro entre as pernas. Eu cai sobre o sofá.
- Tudo bem?- Ele perguntou com a respiração pesada.
-É, só me ajuda aqui..
  Ele me deu a mão. E eu o acertei com o travesseiro na cabeça, fazendo ele cair no sofá ao meu lado. Nós rimos, feito idiotas, até que ele se levantou, e veio chegando mais perto, seus lábios iam encostando nos meus. Ele me beijou, não foi um simples beijo, foi um beijo com borboletas no estomago, tinha desejo, eu sentia isso mais do que tudo, e naquele momento eu tive certeza de uma coisa, eu o faria ser meu.

  











segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Desculpa mesmo, amanhã eu posto o próximo capitulo, to sem tempo,prometo amanhã ta *--*